Páginas

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Paradigma




[Do gr.parádeigma, pelo lat. Paradigma.]
S. m. 1. Modelo, padrão, estalão: “D. Luís de Menezes .... parece constituir o paradigma da síntese ideal ... entre a coragem militar e o academismo cultural.” (Antônio José Saraiva e Oscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, p.412.) 2. Gram. Modelo ou tipo de conjugação ou declinação gramatical.

Tenho tentado quebrar alguns. Tenho usado cores, trabalhado cores. Hoje pela manhã separei cinco camisetas pretas furadas de cigarro para doação. Os cérebros mais próximos não codificaram essa mudança. Marquei com um amigo no Choro da General Glicério no último sábado. Poderíamos ter nos encontrado se eu não estivesse de verde. Ontem usei amarelo, minha mãe passou cinco vezes por mim à minha procura. Tenho estranhado o meu reflexo. As vezes me pego sorrindo e dizendo bom dia pra mim. É estranho. Sou estranho. Percebi que minha mãe também tem quebrado alguns. Fomos convidados a degustar paellas na casa de uma amiga de infância, casada com espanhol. Comemos três variedades. Uma delas feita com macarrão fino ao invés de arroz. Minha mãe não come fio de anjo. Intoxicou-se em 1973. Conheci minha mãe sem comer fio de anjo. Tínhamos que dar nota aos pratos. Aprendi que ‘paedja’ só é dita por argentinos. Minha mãe gostou das ‘paelhas’, eu também. Tenho ido à praia. Tenho usado verdana 12. Acho limpo. Tenho ido ao leblon. Descobri que Monteiro Lobato e Miquèl de Nostradama são a mesma pessoa. Ainda vou quebrar outros. Pretendo falar menos e ouvir mais. Pretendo trabalhar minha ansiedade. Quero deixar que as pessoas completem sua linha de raciocínio sem intervir. Quero dar mais atenção ao meu blog. Preciso ter paciência para aprender a usá-lo. Quero viver mais meu pai. Pretendo aprender muito com ele. Quero praticar algum exercício físico. Minto. Quero querer praticar algum exercício físico. Pretendo diminuir a cerveja. Pretendo mentir menos. O sol ainda me irrita...